Marcos Sem Dó

Dividindo Informações

Escravos da Carreira

Escravo-1

A triste geração que virou escrava da própria carreira

Era uma vez uma geração que se achava muito livre.

Tinha pena dos avós, que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa.

Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguel, a escola e as viagens em família para pousadas no interior.

Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.

Era uma vez uma geração que crescia quase bilíngue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim.

Frequentou as melhores escolas.

Entrou nas melhores faculdades.

Passou no processo seletivo dos melhores estágios.

Foram efetivados. Ficaram orgulhosos, com razão.

E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.

Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam na vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar.

Ninguém os podia deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.

O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.

O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que necessário e o que era vício.

O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.

Mas, sabe como é, né? Prioridades. Acabavam sempre ficando ao invés de sempre ir.

Essa geração tentava se convencer de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo.

Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.

Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.

Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer se destacar na equipe? Sim.

Mas para a vida, costumava ser não:

Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito.

Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na empresa.

Aos 30 eles não foram no aniversário de um velho amigo porque ficaram até as 2 da manhã no escritório.

Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.

Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a se perguntar se a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.

Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias em um hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.

Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos “amigos”.

Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.

Só não tinha controle do próprio tempo.

Só não via que os dias estavam passando.

Só não percebia que a juventude estava escoando entre os dedos e que os bônus do final do ano não comprariam os anos de volta.

Autora: RUTH MANUS

 

21/11/2018 Posted by | Profissional | , , | Deixe um comentário

Quociente Espiritual

Resultado de imagem para quociente espiritual

QS

No início do século XX, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a “descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções.”

A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Dra. Dana Zohar, da Universidade de Oxford no seu livro QS – Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filosofa americana aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado “Ponto de Deus” no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.

O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana:

“A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”.

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português.

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.

Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos.

É uma inteligência que nos impulsiona.

É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.

O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida.

É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.*

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um “Ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular.

Implica trabalhar com os limites da situação.

Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.

Inteligência espiritual fala da alma.

O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre “por quê?”

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10.Têm compaixão

“Uma vela não perde a sua chama acendendo outra.”

25/08/2017 Posted by | Ignorância | , , , , | Deixe um comentário

PÁSCOA – Algo que os Cristãos não deveriam comemorar !!

Páscoa

Muitos perguntam:

O que é a Páscoa, afinal?

Resolvi então fazer este texto para responder a essa pergunta de uma vez por todas.

Para compreendermos a Páscoa, de fato, precisamos compreender um pouco melhor a história
contada pela Bíblia.

Tudo começa quando os israelitas estavam presos lá no antigo Egito, trabalhando duro para os
egípcios por séculos (430 anos) e aguardavam um Libertador. Nesta época, Moisés, que havia
crescido entre os egípcios, mas que era, segundo a Bíblia, um hebreu foragido do Egito, sob a
orientação de Deus. volta para libertar os Israelitas. Nesse momento, diz a Bíblia, Deus
endureceu o coração do Faraó. Sobre ele e sobre todo o Egito caíram 10 pregas (maldíções)
sendo que a últíma delas foi a morte dos prtrnogênitos. Nessa hora, o Faraó não suportou mais
e ordenou que o povo fosse libertado.

Muito bem. Vale explicar aqui como é que os israeíltas contam os dias, como é que eles limitam
o início e o fim de um dia. Eles não contam como nós. O dia, para eles, não se inicia à meia-
noite, mas com o por do sol. Em outras palavras, com o por do sol termina um dia e
consequenternente então, nasce o próximo dia, que irá terminar com um novo por do sol .
Sempre é um período inteíro de noite (escuridão) seguido de um período inteiro de dia (luz), e
assim eles marcam os dias.

Qual foi mesmo a décima praga? A morte dos primogênitos. E em que dia esta 10ª. praga recaiu
sobre o Egito? No dia 14 do mês de Nisã (que naquela época era chamado de Abíbe), do
calendário judaico, provavelmente do ano de 1.447 AC (ou 1.513 AC por outro cálculo), mas o
ano exato não interfere na compreensão neste momento.

Quaís fatos ocorreram naquele dia?

Prmeiramente todos os ísraelítas foram orientados a passar o sangue de um cordeiro nas
ombreiras (batentes) das suas portas, pois o anjo de Deus desceria e mataria todos os
primogênitos, mas passaria por alto as casas que tivessem respeitado esta ordem, que
tivessem as ombreiras das suas portas manchadas com o sangue de um cordeiro.

Os ísraelitas obedeceram a ordem, os egípcios não! Resultado? O anjo de Deus desceu e
passou por alto a casa de todos os israelitas obedientes (aqueles que não obedeceram também
tiveram seus primogênitos mortos), bem como de praticamente quase todos os egípcios (se
algum egípcio cingiu os batentes da porta com o sangue de um cordeiro, também teve seus
primogênitos poupados e ficaram livres da mão do anjo de Deus),

O Faraó e os egípcios não cingiram suas portas com o sangue de um cordeiro e por isso tiveram
seus prlmogênitos mortos e, com isso. já farto de tudo, ordenou que os lsraelitas fossem
libertados.

Quando os israelitas foram libertados? No mesmo dia. dessa mesma noitinha. Começaram a
partir do Egito mais de 600.000 homens (fora mulheres e crianças, calcula-se que, ao todo.
foram de 2 a 3 milhões de pessoas) saíram do Egito naquele dia 14 do mês de Nisã.

Veja uma parte disso descrito na Bíblia no livro de Êxodo, capítulo 12, versículos de 40 a 45.

E a morada dos filhos de Israel. que haviam morado no Egito, foi de quatrocentos e trinta anos.
E sucedeu, ao fim dos quatrocentos e trinta anos. sim, sucedeu naquele mesmo dia que todos
os exércitos de Deus saíram da terra do Egito. É uma noite de observância com respeito ao
Senhor, por tê-los feito sair da terra do Egito. Com respeito ao Senhor, esta noite é uma de
observância da parte de todos os filhos de Israel nas suas gerações. E Deus prosseguiu,
dizendo a Moísés e a Arão: “Este é o estatuto da Páscoa: nenhum estrangeiro pode comer dela…”

Depois, enquanto eles estavam no deserto, por outros motivos que não vêm ao caso agora,
Moisés começa a escrever a Bíblia e inicia escrevendo os cinco primeiros livros: Gênesis, Êxodo,
Levitico, Números e Deuteronômio. É no livro de Êxodo que ele conta toda essa rustórta sobre a
saida dos israelitas do Egito, Mas Moisés não está só contando histórias: está construindo a
“constituinte”, escrevendo as leis que servirão para constituir a nação de Israel. Estas leis
começam com os 10 mandamentos, mas depois continuam até o número de 613 leis, Dentre
elas, há a seguinte ordem:

“E tereis de guardar esta observância como regulamento para ti e para os teus filhos por tempo
indefinido. E terá de acontecer que, quando entrardes na terra que Deus vos dará, assim como
declarou, então tereís de cuidar deste serviço. E terá de acontecer que, quando os vossos ftlhos
vos disserem: ‘Que signIfica para vós este serviço?’ então tereis de dizer: ‘É o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou por alto as casas dos filhos de Israel no Egito quando feriu os
egípcios, mas livrou as nossas casas,” e isso está escrito no livro de Êxodo, capitulo 24, vers[iculo 27.

Esta celebração recebeu o nome de Pésahh ou em grego, Páskha e que em português é
Páscoa. Em inglês essa festividade leva o nome de Passover, ou seja, passar por alto, fazendo
uma alusão ao momento em que o anjo de Deus passou por alto a casa dos israelitas e poupou
os primogênitos, sendo que a Páscoa comemora então tanto a libertação dos israelitas do Egito
como o fato de terem os seus primogênitos poupados quando o anjo de Deus “passou por alto”
a casa deles.

E em que dia então os lsraelitas deveriam comemorar a Páscoa? No dia 14 do mês de Nisã, no
mesmo dia (ou melhor, na noite) em que os primogênitos foram poupados (em que o anjo
passou por alto a casa deles}, que é também o mesmo día em que saíram do Egito.

A Páscoa era seguida da Festividade dos Pães Não Fermentados, que durava 7 dias, de 15 a 21
de Nisã, e esse sempre foi um período de festas para os israelitas.

No entanto, é muito importante compreendermos também outra parte da história para
compreendermos melhor toda essa hístórta da Páscoa .. Os tsraelítas tiveram reis durante um
bom período. E como eles eram instituídos: Através de unção. O sumo-sacerdote (a pessoa
com o mais alto cargo espiritual da nação) ungia um dos ísraelitas para ser o rei da nação. Ele
fazia isso orientado por Deus. O primeiro rei da nação de Israel foi Saul. No entanto, Saul
começou a desobedecer a Deus e Samue! (o sumo-sacerdote da época) ungiu Davi, destituindo
Saul do cargo. Depois, a linhagem continuaria por descendente, mas mesmo assim, mesmo
sendo filho de um reí, havia de ser ungido pelo sumo-sacerdote da época.

Foi num momento como esse que o filho de Salomão. Roboão, teve que disputar o reino com
Jeroboão. e nesse momento, a nação de Israel se dividiu em duas partes, sendo que, de um
lado, fícaram as tribos de Juda e Benjamin, e do outro, as outras 10 tribos. Nesta divisão, Deus
disse que se manteria com a casa de Juda, dizendo que seria desta tribo que viria o messias (ou
ungido), que eles também aguardavam. E como a tribo de Benjamin era bem pequena, passou
então a ser chamada apenas de Judá, da nação de Judá, e é nela que estão os judeus. A partir de então, apenas os judeus permaneceram celebrando a Páscoa, e isso continuou assim por
centenas de anos.

No entanto, até mesmo a nação de Judá (os judeus) se desviou da “adoração verdadeira” e se
perdeu na adoração de “deuses falsos” .. Nessa hora, Deus tirou deles o direito ele ter um rei
ungido e disse que se passariam 7 tempos sem que houvesse um rei ungido, ou em outras
palavras, abençoado e que governasse a mando de Deus.

Isso foi dito através de um sonho que o rei Nabucodonosor teve, conforme narrado pelo profeta Daniel em seu livro, Daniel, capítulo 4, dos versículos de 10 a 17:

“Ora, aconteceu que eu estava vendo as visões da minha cabeça, sobre a minha cama, e eis que
havia uma árvore no meio da terra, sendo enorme a sua altura. A árvore tomou-se grande e
ficou forte, e a própria altura dela por fim atingiu os céus, e ela era visível até a extremidade da
terra inteira. Sua folhagem era bela e seu fruto abundante, e havia nela alimento para todos.
Debaixo dela os animais do campo procuravam sombra e nos seus galhos habitavam as aves
dos céus, e toda a carne se alimentava dela. Eu continuei a ver nas visões da minha cabeça,
sobre a minha cama. e eis que havia um vigilante, sim, um santo, descendo dos próprios céus.
Ele clamava em alta voz e dizia o seguinte: ‘”Derrubai a árvore e cortai-lhe os galhos. Sacudi a
sua folhagem e espalhai os seus frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus
galhos. Todavia, deixai-lhe o próprio toco na terra, sim, com banda de ferro e de cobre, entre a
relva do campo; e seja molhado pelo orvalho dos céus e seja seu quinhão entre a vegetação da
terra. Mude-se-lhe o coração daquele do gênero humano e dê-se-lhe um coração de animal, e
passem sobre ele sete tempos. A coisa é por decreto dos vigilantes e o pedido é pela
declaração dos santos. para que os viventes saibam que o Altíssimo é Governante no reino da
humanidade e que ele o dá a quem quiser, e estabelece nele até mesmo o mais humilde da
humanidade.”

Este sonho teve dupla aplicação, tanto para o próprio Rei Nabucodonosor. mas também para a
nação de Judá, que aqui estava sendo representada por esta grande árvore Que foi cortada e
que caiu e que permaneceria assim, sem crescer mais, por 7 tempos. O último rei ungido dos
Judeus foi Zedequias. que reinou por11 anos apenas até o ano de 618 AC. Desde esta data os
Judeus ficaram sem reí. Jerusalém caiu, os judeus foram levados cativos para Babilônia e depois
tomado pelos persas, ficaram novamente sem terra e aguardavam ansiosamente o fim
daqueles 7 tempos e voltaram a aguardar os dias em que teriam novamente um reí ungido,
que devolveria toda a glória que estes já tiveram um dia.

Muito bem, o que os judeus estavam esperando mesmo? Um rei ungido, certo? Veja, eles
esperavam (e ainda esperam) o UNGIDO. Corno se fala ungido em hebraico? Ma-shi-ahh, ou
Messias. E como se fala ungido em Grego? Khri-stós, ou Cristo. Sim, Cristo. Messias e Ungido,
são palavras que significam a mesma coisa. Ungir é untar- com óleo e receber uma bênção
especial, mas o que quer dizer mesmo aqui neste caso é receber a unção de Deus para o
exercício de uma função específica, aqui no caso, a de governar a nação de Judá, ou de ser o rei deJudá, ou de ser o rei dos Judeus.

Muito bem, vamos agora compreender outro ponto da história bíblica, Jesus.

Muito tempo depois de tudo isso. nasce Jesus, que, como um bom judeu, respeitava as leis e
comemorava a Páscoa.

Jesus, para muitos. foi apontado como o Messias, o Ungido. o Cristo. No entanto, para os
Judeus, isso nunca foi aceito. Por vários motivos, eles não reconheciam na pessoa de Jesus o rei
tão esperado, afinal, como poderia Jesus ser o seu novo governante, ou o rei dos judeus, vindo
ele de Nazaré (um lugar bem pobre) e sendo filho de um carpinteiro, dentre outras cotsas?

Compreende melhor agora por que Pilatos perguntou para Jesus: “És tu o rei dos Judeus?”

Este era o grande problema que estava em questão nos dias de Jesus, se ele era ou não o rei
dos Judeus, o Ungido, o Messias, o Cristo!

Bem. alguns acreditavam que sim, outros não.

Não vou entrar no mérito de quem está com a razão aqui. O fato é que Jesus foi, sim,
reconhecido como o rei tão esperado para muitos, e aqueles que o reconheceram como rei
passaram a seguí-lo e se tornaram seus seguidores, cristãos (aqueles que seguem a Cristo).

Jesus comemorou todas as Páscoas por todos os anos até que, quando tinha 33 anos e meio,
reúne-se com seus apóstolos para celebrar a Páscoa, no dia 14 do mês de Nisã, como de
costume. Só que naquele dia, após ter celebrado a Páscoa, comendo os pães não fermentados
e as ervas amargas, que relernbravarn como havia sido a vida dos israelitas no Egito, Jesus faz
algo bem diferente. Vejamos isso nas palavras da própria Bíblia, no livro de Mateus, capitulo 26,
versículos de 26 a 30:

Ao continuarem a comer, Jesus tomou um pão, e, depois de proferir uma bênção, partiu-o, e,
dando-o aos discípulos, disse: “Tomai, comeí. Isto significa meu corpo.” Tomou também um
copo, e, tendo dado graças, deu-lho, dizendo: “Bebei dele, todos vós; pois Isto significa meu
‘sangue do pacto’, que há de ser derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados.
Eu vos digo, porém: dorevante, de modo algum beberei deste produto da videira, até o dia em que o beberei novo, convosco. no reino de meu Pai. Por fim. depois de cantarem louvores.
saíram para o Monte das Oliveiras.

Veja essa mesma passagem, como foi relatada por Lucas em seu livro, no capítulo 22 nos
versículos de 14 a 20:

“Por fim, quando chegou a hora, recostou-se à mesa, e os apóstolos com ele. E ele lhes disse:
‘Desejei muito comer esta páscoa convosco antes de eu sofrer; pois, eu vos digo: Não a comerei
de novo até que se cumpra no reino de Deus.’ E, aceitando um copo. deu graças e disse: Tomai
isto e passei-o de um para outro entre vós; 18 pois, eu vos digo: doravante não beberei mais do
produto da videira até que chegue o reino de Deus.’ Tomou também um pão, deu graças,
partiu-o e deu-lho, dizendo: ‘Isto significa meu corpo que há de ser dado em vosso benefício.
Persisti em fazer isso em memória de mim.’ Do mesmo modo também o copo, depois de terem
[tomado] a refeição noturna, dizendo: ‘Este copo significa o novo pacto em virtude do meu
sangue, que há de ser derramado em vosso benefício.”

Veja depois como continua nos versículos de 28 a 30:

“No entanto, vós sois os que ficastes comigo nas minhas provações; e eu faço convosco um
pacto, assim como meu Pai fez comigo um pacto. para um reino, a fim de que comais e bebais
à minha mesa, no meu reino, e vos senteís em tronos para julgar as doze tribos de Israel.”

Bem, percebam que Jesus fez aqui um novo pacto com estes apóstolos, um pacto maior
do que havia sido feito anteriormente com Abraão, com a sequência da saída do Egito (todos
eles envolvendo sangue, pois pacto envolve sangue) e agora novamente com o derramamento
de sangue, desta vez dele próprio, “o cordeiro que tira o pecado do mundo”, mas sem entrar no
mérito deste ponto aqui, o fato que ele instituiu aqui um novo pacto, uma nova celebração, e
ainda pediu: “Persisti em fazer isso em memória de mim.” E disse também: “Desejei muito
comer esta páscoa convosco antes de eu sofrer; pois, eu vos digo: não a comerei de novo até
que se cumpra no reino de Deus.”

Por isso é que esta ceia, ou esta Páscoa, é reconhecida como a última ceia, pois segundo as
palavras do próprio Jesus, a Páscoa não deveria mais ser celebrada.

Pois bem, quem não aceitou Jesus como Ungido, ou em outras palavras, não o reconheceu
como o rei, como o Messias, como o Cristo e não se tornou Cristão, continuou judeu, não deu
importância às suas ordens e continuou comemorando a Páscoa.

No entanto, aqueles que aceitaram Jesus como rei, como Ungido, como Messias, como Cristo, e
o seguiram, seguiram suas ordens, copiaram sua conduta e seus mandamentos e pararam de
comemorar a Páscoa. uma festa judaica. Esses cristãos do primeiro século começaram a
celebrar o novo pacto, instituido naquela noite do dia 14 do mês de Nisã.

Portanto, percebam que Páscoa é uma festa judaica, e não cristã, e quem a comemora são
judeus, e não cristãos .

Repito em dizer que Jesus comemorou a Páscoa, sim, porque era judeu e estava sob as leis
Judaicas, mas, no último dia da sua vida, instituiu uma nova celebração, uma nova
comemoração que aboliu (por que não dizer proibiu) a comemoração da Páscoa, uma festa
tipicamente judaica, que existia por um propósito que terminou com a sua morte.

Isso está apoiado e relacionado com o que Paulo escreveu aos romanos, no capítulo 10
versículo 4, que diz que Jesus foi o fim da Leí: “Porque Cristo é o fim da Lei, para que todo
aquele que exercer fé possa ter justiça.”

Em outras palavras, os cristãos não estão debaixo de todas aquelas 613 leis dadas aos ísraelitas
e, portanto, não precisam guardar o sábado, não precisam ser circuncidados, podem comer
carne de porco, não precisam pagar o dizimo, e dentre outras coisas, inclusive, não precisam
comemorar a Páscoa, festa de ordenação judaica, e não cristã.

Jesus comemorou a última Páscoa e pôs fim a ela, instituí um novo pacto com o passar do
vinho e do pão e em seguida selou este pacto com a sua morte e com o derramamento de seu sangue.

Portanto, cristão nunca deveria comemorar a Páscoa, visto que comemorar a Páscoa é não
reconhecer o novo pacto e se igualar aos judeus que não aceitaram Jesus como rei, como
Ungido, como Messias, como Cristo e se submeter novamente às leis e tradições judaicas.

Bem, aí está toda a explicação da Páscoa à luz da Bíblia.

Mas talvez pergunte: por que ela é comemorada hoje pelos “cristãos’? Isso é outra história que
eu conto noutra ocasião.

Mas ainda, talvez ache legal saber como se acha o dia 14 de Nisã, então aí vai mais uma
explicação…

Os judeus viviam sob um calendário lunar, de 13 meses de 28 dias. Todos os meses
começavam com uma lua nova. Para se saber quando começava o mês de Nisã, basta
encontrar o equínócio da primavera do hemisfério setentrional (hemisfério norte). Bem, talvez
você pergunte: o que é equtnócio?

Equinócio vem do latim (só pra vartar… rsrsr) aequusnox e quer dizer aequus = “igual” nox =
“noite”, ou, em outras palavras, o dia do ano em que o período da noite é igual ao dia, 12 horas
exatas. Isso acontece apenas duas vezes ao ano e marca o inicio da primavera e o início do
outono. Quando o equinócio marca o inicio da primavera (ou o fim do inverno) no hemisfério
norte, esse mesmo dia marca o início do outono (ou o fim do verão) no hemisfério sul e vice-
versa. Se quiser saber mais a respeito, a Wikipedia tem uma explicação muito boa para o
equinócio: http://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio

Muito bem, encontra-se então o equínócio da primavera do hemisfério setentrional (norte) e a
parttr de então procura-se a primeira lua nova. Pronto! Esse dia marca o início do mês de Nlsã.
A partir de então, contam-se 14 dias e chega-se à data da Páscoa, que é dta 14 do mês de Nísã.
Não é então por acaso que esse sempre será um dia de lua cheia.

Quero terminar dizendo que eu não estou entrando aqui no mérito se isso é verdade ou não.
ou ainda, se eu acredito ou não em toda essa história e tampouco sobre o que eu penso sobre
todo esse assunto. Eu apenas fiz uma explanação, à luz da Bíblia, Bíblia esta que instituiu a
Páscoa no seu Antigo Testamento, como a desmontou no Novo Testamento com as palavras de
Jesus e do apóstolo Paulo. Eu comentei apenas, e bem resumidamente, as partes que
considero as mais importantes que a instituem e falam sobre o assunto. Este é apenas um
texto elucidativo e não tem a intenção de refletir as minhas crenças ou de explanar o que eu
penso a respeito.

Vale dizer ainda que seria preciso explicar a origem do coelho e dos ovos de chocolate, mas
isso também é outro assunto que eu deixo para outro momento.

 

Por um amigo de longa data ….

16/04/2017 Posted by | Ignorância | , , , | Deixe um comentário

CARTA ABERTA AO BRASIL

Querido Brasil,

O Carnaval acabou. O “ano novo” finalmente vai começar e eu estou te deixando para voltar para o meu país.

Assim como vários outros gringos, eu também vim para cá pela primeira vez em busca de festas, lindas praias e garotas. O que eu não poderia imaginar é que eu passaria a maior parte dos 4 últimos anos dentro das suas fronteiras. Aprenderia muito sobre a sua cultura, sua língua, seus costumes e que, no final deste ano, eu me casaria com uma de suas garotas.

Não é segredo para ninguém que você está passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde.

Durante esse tempo em que estive aqui, eu conheci muitos brasileiros que me perguntavam: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”

No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão. Muita gente provavelmente vai achar essa minha conclusão meio ofensiva, mas depois de trocar várias ideias com alguns dos meus amigos, eles me encorajaram a dividir o que eu acho com todos os outros brasileiros.

Então aí vai: ” É  VOCÊ ”

Você é o problema.

Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias.

Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.

O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.

O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de “ser brasileiro” mesmo que isso não esteja certo.

Quer um exemplo?

Imagine que você está de carona no carro de um amigo tarde da noite. Vocês passam por uma rua escura e totalmente vazia. O papo está bom e ele não está prestando muita atenção quando, de repente, ele arranca o retrovisor de um carro super caro. Antes que alguém veja, ele acelera e vai embora.

No dia seguinte, você ouve um colega de trabalho que você mal conhece dizendo que deixou o carro estacionado na rua na noite anterior e ele amanheceu sem o retrovisor. Pela descrição, você descobre que é o mesmo carro que seu brother bateu “sem querer”. O que você faz?

A) Fica quieto e finge que não sabe de nada para proteger seu amigo? Ou
B) Diz para o cara que sente muito e força o seu amigo a assumir a responsabilidade pelo erro?

Eu acredito que a maioria dos brasileiros escolheria a alternativa A. Eu também acredito que a maioria dos gringos escolheria a alternativa B.

Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo. Há uma consciência social onde o todo é mais importante do que o bem-estar de um só. E por ser um dos principais pilares de uma sociedade que funciona, ignorar isso é uma forma de egoísmo.

Eu percebo que vocês brasileiros são solidários, se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas.

Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte dos brasileiros seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo.

Sabe todos aqueles políticos, empresários, policiais e sindicalistas corruptos? Você já parou para pensar por que eles são corruptos? Eu garanto que quase todos eles justificam suas mentiras e falcatruas dizendo: “Eu faço isso pela minha família”. Eles querem dar uma vida melhor para seus parentes, querem que seus filhos estudem em escolas melhores e querem viver com mais segurança.

É curioso ver que quando um brasileiro prejudica outro cidadão para beneficiar sua famílias, ele se acha altruísta. Ele não percebe que altruísmo é abrir mão dos próprios interesses para beneficiar um estranho se for para o bem da sociedade como um todo.

Além disso, seu povo também é muito vaidoso, Brasil. Eu fiquei surpreso quando descobri que dizer que alguém é vaidoso por aqui não é considerado um insulto como é nos Estados Unidos. Esta é uma outra característica particular da sua cultura.

Algumas semanas atrás, eu e minha noiva viajamos para um famoso vilarejo no nordeste. Chegando lá, as praias não eram bonitas como imaginávamos e ainda estavam sujas. Um dos pontos turísticos mais famosos era uma pedra que de perto não tinha nada demais. Foi decepcionante.

Quando contamos para as pessoas sobre a nossa percepção, algumas delas imediatamente disseram: “Ah, pelo menos você pode ver e tirar algumas fotos nos pontos turísticos, né?”

Parece uma frase inocente, mas ela ilustra bem essa questão da vaidade: as pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são.

É claro que aqui não é o único lugar no mundo onde isso acontece, mas é muito mais comum do que em qualquer outro país onde eu já estive.

Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma jóia do que deveriam, ou contratam empregadas e babás para fazerem um trabalho que poderia ser feito por eles. É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. Também é por isso que brasileiros pagam tudo parcelado. Porque eles querem sentir e mostrar que eles podem ter aquela super TV mesmo quando, na realidade, eles não tenham dinheiro para pagar. No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso.

Muitos gringos acham os brasileiros preguiçosos. Eu não concordo. Pelo contrário, os brasileiros tem mais energia do que muita gente em outros lugares do mundo (vide: Carnaval).

O problema é que muitos focam grande parte da sua energia em vaidade em vez de produtividade. A sensação que se tem é que é mais importante parecer popular ou glamouroso do que fazer algo relevante que traga isso como consequência. É mais importante parecer bem sucedido do que ser bem sucedido de fato.

Vaidade não traz felicidade. Vaidade é uma versão “photoshopada” da felicidade. Parece legal vista de fora, mas não é real e definitivamente não dura muito.

Se você precisa pagar por algo muito mais caro do que deveria custar para se sentir especial, então você não é especial. Se você precisa da aprovação de outras pessoas para se sentir importante, então você não é importante. Se você precisa mentir, puxar o tapete ou trair alguém para se sentir bem sucedido, então você não é bem sucedido. Pode acreditar, os atalhos não funcionam aqui.

E sabe o que é pior? Essa vaidade faz com que seu povo evite bater de frente com os outros. Todo mundo quer ser legal com todo mundo e acaba ou ferrando o outro pelas costas, ou indiretamente só para não gerar confronto.

Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar. Se alguém num grupo de amigos não quer fazer uma coisa específica, é esperado que todo mundo mude os planos para não deixar esse amigo chateado. Se em uma viagem em grupo alguém decide fazer algo sozinho, este é considerado egoísta.

É sempre mais fácil não confrontar e ser boa praça. Só que onde não existe confronto, não existe progresso.

Como um gringo que geralmente não liga a mínima sobre o que as pessoas pensam de mim, eu acho muito difícil não enxergar tudo isso como uma forma de desrespeito e auto-sabotagem. Em diversas circunstâncias eu acabo assistindo os brasileiros recompensarem as “vítimas” e punirem àqueles que são independentes e bem resolvidos.

Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.

Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.

E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro.

As vezes, a melhor coisa que você pode fazer por um amigo que está sempre atrasado é ir embora sem ele. Isso vai fazer com que ele aprenda a gerenciar o próprio tempo e respeitar o tempo dos outros.

Outras vezes, a melhor coisa que você pode fazer com alguém que gastou mais do que devia e se enfiou em dívidas é deixar que ele fique desesperado por um tempo. Esse é o único jeito que fará com que ele aprenda a ser mais responsável com dinheiro no futuro.

Eu não quero parecer o gringo que sabe tudo, até porque eu não sei. E Deus bem sabe o quanto o meu país também está na merda (EUA).

Só que em breve, Brasil, você será parte da minha vida para sempre. Você será parte da minha família. Você será meu amigo. Você será metade do meu filho quando eu tiver um.

E é por isso que eu sinto que preciso dividir isso com você de forma aberta, honesta, com o amor que só um amigo pode falar francamente com outro, mesmo quando sabemos que o que temos a dizer vai doer.

E também porque eu tenho uma má notícia: não vai melhorar tão cedo.

Talvez você já saiba disso, mas se não sabe, eu vou ser aquele que vai te dizer: as coisas não vão melhorar nessa década.

O seu governo não vai conseguir pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição. Os grandes negócios do país pegaram dinheiro demais emprestado quando o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos e isso vai piorar a crise.

O preço das commodities estão extremamente baixos e não apresentam nenhum sinal de aumento num futuro próximo, isso significa menos dinheiro entrando no país. Sua população não é do tipo que poupa e sim, que se endivida. As taxas de desemprego estão aumentando, assim como os impostos que estrangulam a produtividade da classe trabalhadora.

Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo.

Se prepare para, no mínimo, 5-10 anos de oportunidades perdidas. Se você é um jovem brasileiro, muito do que você cresceu esperando que fosse conquistar, não vai mais estar disponível. Se você é um adulto nos seus 30 ou 40, os melhores anos da economia já fazem parte do seu passado. Se você tem mais de 50, bem, você já viu esse filme antes, não viu?

É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoa da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.

O “jeitinho brasileiro” precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo.

Ao contrario de outras revoluções externas que fazem parte da sua história, essa revolução precisa ser interna. Ela precisa ser resultado de uma vontade que invade o seu coração e sua alma.

Você precisa escolher ver as coisas de um jeito novo. Você precisa definir novos padrões e expectativas para você e para os outros. Você precisa exigir que seu tempo seja respeitado. Você deve esperar das pessoas que te cercam que elas sejam responsabilizadas pelas suas ações. Você precisa priorizar uma sociedade forte e segura acima de todo e qualquer interesse pessoal ou da sua família e amigos. Você precisa deixar que cada um lide com os seus próprios problemas, assim como você não deve esperar que ninguém seja obrigado a lidar com os seus.

Essas são escolhas que precisam ser feitas diariamente. Até que essa revolução interna aconteça, eu temo que seu destino seja repetir os mesmos erros por muitas outras gerações que estão por vir.

Você tem uma alegria que é rara e especial, Brasil. Foi isso que me atraiu em você muitos anos atrás e que me faz sempre voltar. Eu só espero que um dia essa alegria tenha a sociedade que merece.

Seu amigo,

Mark Manson

 

Compartilhado do amigo Rogério Carvalheira

13/02/2016 Posted by | Decepção, Não classificado | , , , , , , , , | Deixe um comentário

As Gerações de Letrinhas

Jovens
A opinião nua e crua do amigo Edson Saggiorato:

Acordamos todos os dias com a mesma energia de ambiente: CRISE.

Desejamos estar sonhando, mas, em instantes, percebemos que, sim, estamos acordados.

Qualquer fonte que escolhemos trata da “crise” e das tragédias, sejam naturais, criminosas ou escandalosas.

“- Até quando!” – comentamos com as pessoas que estão tomando café conosco.

Esta é a minha primeira observação: comentamos quando deveríamos perguntar, “até quando?”, e, sendo uma pergunta, deveríamos conversar para construir uma resposta. Só que não temos tempo. O compromisso não espera e “a vida” continua.

Quem já notou a distância que existe entre as gerações que convivem neste momento? E quem já notou, o que sente? Não, não importa de qual letrinha você faz parte. O que você sente diante da distância entre as gerações?

A filosofia de vida atual está baseada na “vantagem”, mas não naquela que se sustenta no desempenho que promove a conquista: “quero e estou estudando para ter vantagem na disputa por uma vaga”. A vantagem que se quer é traduzida por “e o que eu ganho com isto?”. Uma forma egoísta de pensar que isola o indivíduo e o torna frágil, pequeno e insignificante para a história.

Se você tivesse que caracterizar a crise com a qual estamos convivendo, que característica você evidenciaria? Econômica, política, ambiental ou ética?

Somos a história que fazemos e, por isto, vendo a sociedade tão individualizada e virtualizada, preocupada com rótulos, podemos concluir que a “ética” está morrendo. A palavra ética vem do grego ethos e significa “bom costume”, “costume superior”, “bom hábito”, ao que eu, modestamente, traduzo por “bons princípios e valores morais demonstrados pelo comportamento”.

Para mim, a crise é mundial e, particularmente no Brasil, é essencialmente ética!

A crise ética brasileira se sustenta na sua própria juventude. Somos uma sociedade com apenas 515 anos e a nossa formação e estruturação, até pelo nosso gigantismo, não foi feita com “ordem para o progresso”. Foi feita com base em interesses dos mais diversos tipos e níveis, no entanto, estamos vivendo um momento perigoso por conta do abismo entre as gerações. O bastão está caindo!

É natural que uma doença e um ferimento cause dor e tenha cicatriz como consequência e não há mal nisto, ao contrário, há aprendizado e maturidade no senso de esforço, superação e luta pela conquista – mérito.

Porém, que aprendizados estão sendo oferecidos aos jovens a partir deste triste momento que estamos vivendo? Que aprendizado que os jovens estão buscando presos aos equipamentos eletrônicos, hipnotizados pela tecnologia?

Antes de explorar e construir uma resposta, vamos fazer uma conta:

  • No ano 2000, o salário mínimo era R$ 330,00 e uma cerveja custava R$ 1,00, então, com 1 salário mínimo dava pra comprar 330 garrafas de cerveja.
  • Hoje, 2015, o s.m. é R$ 788,00 e a cerveja custa R$ 6,00, então, com 1 s.m. dá pra comprar apenas 131 garrafas de cerveja.
  • Ou seja, perdemos 60% da nossa capacidade de tomar uma cerveja, no entanto, qual é o jovem que está tomando cervejas nos bares e praias Brasil a fora que tem consciência disto?

Nossos jovens estão aprendendo a combater crises ou a conviver com ela? As escolhas que estão desenvolvendo competências ilógicas ao melhor estilo do “custe o que custar” eu pago.

Um pouco de história:

  • Anos 70 – os jovens se movimentaram intensamente, lutando com garra e paixão na busca de um melhor cenário contra ditadura militar
  • Anos 80 – eram os jovens que bradavam “diretas já”, conquistando uma nova versão da falida Constituição
  • Anos 90 – foram os jovens “caras pintadas” que determinaram o impeachment do Presidente, até conseguirmos acabar com a inflação

E hoje? Onde estão os jovens?

Para nós, jovens de ontem, é perturbador pensar na resposta.

Hoje estamos sendo roubados escandalosamente. Estão tirando muito mais do que os trilhões de Reais dos nossos bolsos e da nossa mesa. Estão roubando nossa dignidade.

  • 2004 – mensalão
  • 2006 – prisão domiciliar do cidadão de bem – PCC nas ruas
  • 2008 – crise internacional que é acusada de ser a culpada por TUDO até hoje
  • 2010 – nossas eleições são legítimas? Resposta: “vácuo”
  • 2012 – petrolão
  • 2013 – temos oposição? Quando surge algum movimento, acontece um “acidente com o avião” e a “oposição morre” – o auge da mentira!
  • 2014 – fraude eleitoral nítida, clara, mundialmente noticiada
  • 2015 – infração, juros, impostos, mentiras, guerras, culpas sem culpados, desemprego, militância criminosa vs militância de pacifistas tolos e vaidosos com seus rótulos e gritos de guerra como “acorda Brasil”

Somos uma piada mundial.

Nossa satisfação vale 20 centavos…..lembram ?

Esta filosofia egocêntrica e vaidosa está paralisando toda uma geração de jovens que estão concentrados na omissão, cuidando dos próprios interesses.

O que aconteceu com a indignação comum aos jovens? O que seria deles se houvesse uma interferência nos sinais e frequências e a Internet ficasse off por alguns dias?

O silêncio dos jovens está colocando uma pá de cal nas esperanças do Brasil.

O papel do “transformador” sempre foi do jovem, mas hoje ele prefere fazer silencio em meio ao barulho dos games, do funk e do tecno, se esquivando da realidade vivendo “vidas digitais perfeitas e fúteis”.

Acredite, só iremos avançar nesse cenário de crise quando o jovem transformar o seu silêncio em atitudes e não em pedidos e reclamações: “…mas eu quero!”.

17/11/2015 Posted by | Decepção | , , , , , , | Deixe um comentário

NÓS SOMOS OS CULPADOS

Corrupção

Para aqueles que vão as ruas reclamar, para aqueles que ficaram em casa também reclamando, e para aqueles que não estão reclamando de nada.

“A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula e por tabela a Dilma não serve. E o que vier depois de Lula e Dilma, com certeza, também não servirá para nada.

Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão e corrupto que foi Collor, ou na farsa, como dizemos nas ruas, que é o Lula e Dilma. O problema está em nós.

Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a “esperteza” é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, em caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal, deixando os demais onde estão.

Pertenço ao país onde as “empresas privadas ou as repartições públicas” são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos… e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu “puxar” a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.

Onde fazemos “gatos” para roubamos luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros.

Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior foi o ex-Presidente Lula, que falou que é “muito chato ler”) e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica. Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar os que não tem, encher o saco dos que tem pouco e beneficiar só a alguns privilegiados.

Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser “comprados”, sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.

Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Collor, do Fernando Henrique, do Itamar e do Lula e Dilma, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem “molhei” a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Zé Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um alguém através de uma pequena fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não.

Já basta.

Como “Matéria Prima” de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso país precisa.

Esses defeitos, essa “esperteza brasileira” congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalos, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula e Dilma, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, eleitos por nós. Nascidos aqui, não em outra parte.

Eu me entristeço. Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada. A maior possibilidade de mudança está em nós.

Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula e Dilma, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa “outra coisa” não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados… igualmente sacaneados!

É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilianidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda…

Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar, um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer muita coisa. Está muito claro… Somos nós os que temos que mudar.

Sim, creio que isto se encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.

Sim, decidi procurar ao responsável e estou seguro que o encontrarei quando me olhar no espelho. Aí está. Não preciso procurá-lo em outro lugar.

E você, o que pensa?

12/10/2015 Posted by | Hipocrisia | , , , , , , | Deixe um comentário

DILMA OU AÉCIO

Dilma_AécioReproduzo aqui, um artigo muito bem escrito pelo meu amigo Márcio Monteiro, que vez ou outra me dá um puxão de orelha nas redes sociais, quando entende que eu passei do limite……. coisa de amigo.

Boa leitura:

Dilma ou Aécio, isso importava muito pouco. O que estava em jogo eram formas de pensar o Brasil. E, vendo por este lado, eu ainda acredito.
Tem a esquerda. E o que eu mais admiro nela é a solidariedade, a generosidade, a vontade de fazer com que as classes menos favorecidas tenham uma vida melhor, mais digna. Tem a direita, com a valorização do mérito, do esforço, da competência. Com os riscos sendo assumidos, com a recompensa quando dá certo, mas com a pena, quando dá errado. Com a geração de emprego, com o incentivo ao empreendedorismo, com o amor ao trabalho.
Mas tem também a esquerda com os seus defeitos. Com a inevitável criação de uma elite intocável e de um povo pobre. Nivelando por baixo. Com vista grossa à corrupção e à incompetência, que dá sempre lugar ao apadrinhamento. E tem também a direita, com a inevitável criação de uma elite superficial e alienada. Que, em busca de um lucro desumano, sacrifica o povo trabalhador, não dando a ele a mínima chance de progresso. A elite da direita precisa do povo pobre. A da esquerda só consegue um povo triste. Quem me mostrou isso não foram os livros, foi a realidade.

Nesta eleição, eu via nos Dilmistas o lado bom da solidariedade. Via a vontade de manutenção das políticas sociais. Claro que, entre eles estavam os safados que se lambuzam no poder. Mas o meu lado poliana acreditava (e ainda acredita) que o motor da maioria era justamente a solidariedade e a satisfação de finalmente ver neste país a melhoria das condições de vida das parcelas mais pobres da população. Via mais “Povo Melhor” do que “Dilma Presidente”.

Eu via os Aecistas muito mais indignados com a corrupção desenfreada, com o aparelhamento do estado (que gera incompetência), com a saúde precária, a educação perdida, a infra-estrutura sucateada e a economia à deriva. Via mais um “País Honesto e Competente” do que “Aécio Presidente”.

Via gente do bem de um lado e de outro. De um lado, solidariedade, de outro, ódio à corrupção e à incompetência. Só que acabei vendo os dois lados expressando apenas o que de ruim tem o outro lado.
Eu vi dos dois lados gente querendo o melhor e expressando o pior. Incluindo aí os próprios candidatos e seus debates desrespeitosos.

Torci pelo Aécio, porque, no meu balanço pessoal, acreditava que era preciso dar um basta à corrupção proprietária, mesmo sem acreditar que ela terminaria. Mas, pelo menos, não daria um aval explícito à corrupção sem vergonha e desenfreada do PT. Eu já tinha colocado em um post passado que torcia pelo Aécio, mas me colocaria na oposição a um eventual governo dele no dia seguinte à posse. Justamente para continuar combatendo a corrupção, que eu sei que continuaria. E a incompetência, que eu desconfio que continuaria.

Ganhou a Dilma. Vou continuar na oposição, lutando por um ideal. Na verdade, rigorosamente o mesmo. Lutando contra a corrupção desenfreada do PT, contra o aparelhamento. Mas a favor das políticas sociais e da solidariedade, que é o lado bom deles.

Em outras palavras: não importa, na verdade, Dilma ou Aécio. Importa um Brasil melhor. Solidário, forte, maduro, com oportunidades a todos, com respeito e apoio ao empreendedorismo. Livre dos corruptos, dos bolivarianos oportunistas. Quer dizer, livre não. Mas pelo menos com eles sob controle. Na cadeia, uns, fora do governo, outros, eu quero dizer.

É meio sonho romântico, eu sei. Mas o sonho é a cenoura social. Tem que ser perseguido, para que todos possamos andar para a frente. Vamos em frente, porque hoje é outro dia. E o país precisa de nós. De todos nós. E nós merecemos viver felizes.

30/10/2014 Posted by | Pessoal | , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

ORIGENS

CrençasMinha mãe estudou apenas 2 anos e trabalhou no campo até perto da maioridade, depois como empregada doméstica antes de se casar com meu pai, que estudou 4 anos, e aprendeu numa oficina a profissão de torneiro mecânico, morando numa pequena cidade do interior de São Paulo.

Mudamos para o ABC Paulista quando eu tinha 5 anos e minha irmã 2, em busca de uma vida melhor. Me lembro que a “mudança toda” coube num comodo da casa de um amigo, e ficamos lá até meu pai conseguir emprego numa indústria de máquinas.

Na cidade grande, minha mãe passou a cuidar só da família e meu pai, depois algum tempo foi admitido numa montadora, trabalhando em dois turnos – ora de dia ora de noite,

Estudar na escola pública não era opção, era a única forma dos filhos conseguirem algo melhor que os pais, e os meus eram rigorosos ao analisarem os boletins escolares, mês após mês.

Aos 14 anos, já tralhava para ajudar nas contas em casa. Aos 18 passei no vestibular e fui cursar Administração de Empresas, e quatro anos depois era um dos primeiros formados em curso superior entre todos os primos e outros parentes.

Continuei os estudos, consegui capacidades diversificadas e avancei na carreira profissional. De auxiliar num escritório contábil com 4 funcionários, fui a diretor de banco e trabalhei em 9 dos maiores no Brasil, além das principais montadoras. Trabalhei nos Estados Unidos na área de energia, participei de projetos financiados pelo BID para melhorar a qualidade de vida em países da América Central. Me tornei empresário, criei empregos para dezenas de pessoas, e não parei de estudar.

Tenho três filhos, e seguindo a tradição, todos formados em Universidades conceituadas, duas delas públicas.

Agradeço a persistência dos meus pais em me manter na linha do que eles acreditavam ser o correto, apesar das enormes dificuldades que a família passou. Nunca tivemos bolsa pra nada, e recorríamos aos recursos públicos como saúde e educação por exemplo, que no passado funcionavam melhor que hoje.

Depois de tudo isso, vejo pessoas que seguiram a carreira política, mal falando o português, enriquecendo as custas da humildade de um povo dócil, honesto e cada vez mais dependente da vontade alheia permeada de obscuridades e interesses pessoais.

Também assisto a defesa de modelos, fórmulas e “modus operandi” destes políticos e seus partidos atuais, por parte da população e até de amigos próximos, que tiveram uma trajetória de vida parecida com a minha….

Como não questionar isso que está aí?

30/10/2014 Posted by | Pessoal | , , , , , , | Deixe um comentário

QUEM REALMENTE GOVERNA O NOSSO PAÍS?

Paulo Odair tessari Jr.Reproduzo na íntegra, o texto do um amigo muito querido, com o qual me identifico pelos ideais, pela postura, e creio que muita gente neste país tem a mesma opinião, ou a mesma dúvida ….
Acessei estes comentários numa rede social agora pela manhã, dia 26/10/2014, dia da votação do 2o. turno da eleição para presidente do Brasil.
Agradeço ao amigo Paulo Odair Tessari Jr., autor, e desejo a todos uma boa leitura e ótimas reflexões .

Bom dia a todos meus amigos e conhecidos, resolvi escrever essa crônica porque tenho uma dúvida comigo que não quer se calar, quem realmente governa e governará nosso país depois das eleições de hoje?
Nasci em 1973 em meio a ditadura militar de direita, fui a escola a partir de 1979, época do ultimo governo militar já anunciado, o mandato do Gen. Figueiredo (6 anos), professores da época de uma maneira geral com tendências de esquerda muitos simpatizantes e outros militantes do recém fundado Partido dos Trabalhadores. O antigo MDB, único partido de oposição da época da ditadura, tb trazia suas idéias liberais e um pouco mais de centro esquerda. Movimento Diretas Já, liderado pela ala mais antiga do atual PMDB, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Mario Covas, FHC, e apoiado pelo pequeno Partido dos Trabalhadores liderado pelo ex- metalúrgico Lula, todos com suas diferenças ideológicas mas unidos por uma causa maior. E assim em 1985 Tancredo Neves (PMDB) em uma disputa com Paulo Maluf (PDS), pleitearam a presidência através de uma eleição indireta, ou seja, povo elegeu deputados e senadores que formaram um colégio eleitoral, e esse colégio eleitoral realizou a tal eleição, Tancredo ganhou, representando a ala centro-esquerda. Como todos sabem Tancredo não assumiu o seu cargo pois faleceu com complicações de um processo de diverticulite. Assumiu então um representante bastante conservador que na época representava as antigas oligarquias nordestinas, herança do voto de ” cabresto” o vive-Presidente José Sarney, o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura militar. O cenário era de extrema desigualdade social, inflação absurdamente alta, um país muito subdesenvolvido, passaram-se 4 anos, plano Sarney 1, plano Sarney 2, recessão, os “fiscais do Sarney” tentaram ajudar no combate à inflação, mas avançamos muito pouco, mas eis que surgiu um moço das Alagoas com 40 anos de idade, o caçador de marajás, filho de uma das famílias mais influentes na região, donos de diversos meios de comunicação e conquistou o Brasil com seus discursos populistas e inflamados, era Fernando Collor de Melo, o primeiro presidente eleito do Brasil pelo voto direto em toda a nossa história, ou seja, 489 anos depois do nosso descobrimento. Envolvido por interesses maiores, ele é sua ministra da economia, se um dia pro outro, assaltaram o povo que possuía suas economias guardadas em poupanças, sob a desculpa de ser um empréstimo compulsório para ajudar as finanças do pais falido e sem crédito internacional, medida extremamente desesperada e inconseqüente e cavou a sua própria cova na história meteórica desse político, resultado final, impecheament e Collor foi “expulso” da presidência em meio a escândalos de corrupção, de acessores e assumiu o seu vice Itamar Franco, oriundo de uma coligação do PMDB e de um partido dissidente chamado PSDB. O então escolhido ministro da fazenda foi Fernando Henrique Cardoso, que desenvolveu com sua equipe um elaborado e minucioso plano econômico para definitivamente colocar a economia do nosso pais nos eixos ( lembrando que a inflação mensal nessa época era de 30 a 40% ao mês) e ele conseguiu e foi candidato a presidência e ganhou com extrema facilidade e com a oportunidade de fazer o país crescer, se desenvolver e nunca mais voltar a esse cenário de subdesenvolvimento, porém um detalhe muito relevante dessa história é que, tanto o governo liderado pelo PSDB quanto o governo mais tarde liderado pelo PT, tiveram como principal aliado para compor os ministérios e a bancada governista o PMDB, e os presidentes eleitos pelo povo tiveram a chance de melhorar a base desse país, a educação e não fizeram. Desde os governos militares a educação no Brasil sempre teve o seu mérito no ensino de base, as escolas estaduais e municipais tinham os melhores professores, nós tínhamos uma disciplina que falava e ensinava política em sala de aula OSPB ( Organização Social e Política do Brasil), quem tem mais de 40 anos vai lembrar disso, e o mais incrível dessa história toda, é que depois que presidentes civís assumiram o nosso país a educação e cultura que é a base de qualquer país que queira ser realmente grande,deteriorou-se, apodreceu, tornou- se um joguete de números pra “gringo” ver, temos hoje um país com menos analfabetos (pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome), mais pessoas com 3* grau completo (curso superior), mas em meio a tudo isso um dado muito importante que poucas pessoas sabem, segundo um sensu realizado pelo IBGE em 2011 ou 2012, temos 68,8% da população brasileira classificada como analfabetos funcionais, ou seja, sabem ler e escrever o próprio nome, frases curtas, mas não conseguem interpretar um texto com mais de 10 ou 15 linhas. Coloco esse débito na conta de todos os presidentes que passaram pelo Palácio do Planalto depois dos militares, todos sem excessão tem culpa, e ao meu ver não se preocuparam nem um pouco em mudar isso, números e estatísticas interessam a quem??? A realidade que temos nas ruas das grandes cidades, nas cidades mais distantes, interessam a quem?
Por isso no dia de hoje me pergunto, quem realmente tem governado e continuará governando o nosso Brasil?
Eu acredito que continuarei com essa duvida mesmo depois do resultado da eleição de hoje. Que Deus nós proteja hoje e sempre!!!

26/10/2014 Posted by | Pessoal | , , , | Deixe um comentário

– Carta à Presidente Dilma

Dilma chorandoComo eu e mais uma porção de brasileiros, indignados com tanta coisa errada na administração pública deste país, gostaríamos que cartas como esta, que reproduzo abaixo, chegassem aos nossos governantes…

Carta de Marcella Martins, Santa Maria – RS, à Presidente Dilma

Engula o choro, presidente.

Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria.

Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados.

Engula que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagarem suas contas para não morrerem.

Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos.

Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias.

Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis.

Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam.

Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença.

Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse.

Engula que a senhora deu “é” sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia.

Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos.

Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro.

Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo.

Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa. E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois.

Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade.

Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas, morrendo no crack, morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem aquela tv aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol.

Não, presidente. Desculpe, mas na minha frente, a senhora não pode chorar. Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção.

Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar.

Engula o choro, presidente.”

02/02/2013 Posted by | Desqualificados, Hipocrisia | , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário